No próximo dia 24 de novembro a cidade de Triunfo-PE sediará o Festival Munguzá Sonoro. Neste meio tempo o blog Zuada do Sertão realizará uma série de entrevistas com as atrações do festival para que nossos leitores conheçam um pouco mais dos seus trabalhos.
Iniciaremos a série de entrevistas com CHICO CORREA.
CHICO CORREA - Iniciou com este conceito em 99, quando comecei a usar softwares de manipulação de áudio e remixes, sampleando cultura popular, jazz e programações. De la pra cá mudou a tecnologia, hoje temos mais possibilidades e o conceito de crossculture é aceito com mais facilidade.
Z.S. - Quando se toca em banda sempre surgem divergências musicais, mas as vezes, essa divergências que terminam por diversificar a sonoridade do grupo. Tocando só, qual o segredo para deixar musicalmente o trabalho rico, pluralizado?
C.C. - Trabalho com bandas, divergencias fazem parte, no nosso caso acredito que após 10 anos juntos, "respiramos" as mesmas ideias, as coisas fluem muito rapidamente. Sozinho e' outra perspectiva, controlando maquinas, mas ha o feedback do publico que é um fator bem influente no rumo da apresentacao.
Z.S. - Fuçando um pouco de sua trajetória vi que você trabalhou com uma gama de gente boa. Como foi, por exemplo, trabalhar com nomes como Cabruera, Chico Cesar, entre outros?
C.C. - Convivi com Cabruera desde seu início, eram meus vizinhos, nos idos de 2001. Em 2004 produzi um disco deles chamado "sons da Paraíba", na sequencia entrei para nova formação da banda, tocando guitarra e sampler entre 2006-2009, hoje em dia continuamos parceiros em projetos e na cena musical da Paraíba aprendi muito neste período alem de ter circulado mais de 10 países europeus.
Chico Cesar, alguns projetos rápidos a ex do Eletrochicos que fizemos na franca e Holanda em 2010, ou participações como no disco do Cabruera ou trilhas sonoras. Alem disso, Chico foi meu chefe durante o período em que fui gerente de musica na Secult-PB, Chico Cesar alem de compositor e' um musico muito antenado,com forte influencia da africa e duma sagacidade musical impressionante, tem muita personalidade no que faz e para mim foi um grande ter convivido e conviver com ele como amigo, musico e gestor. Trabalho com Totonho (os cabra) desde 2005, vez como guitarrista, vez como dj, as vezes desempenhando ambas funções.
Na Bahia trabalhei 3 anos e montei o formato Live do Baiana System de Salvador.
Cada trabalho, um desafio, um enriquecimento de ideias.
Z.S. - E com relação ao Festival Munguzá Sonoro, quais as expectativas e o que a galera pode esperar de Chico Correa?
C.C. - Irei como meu projeto PocketBand, eu e minhas maquinas, mixando nordeste, coco de roda espacial!
Por fazer remixes e ter varios amigos musicos, tenho acesso aos tracks abertos, que mixo ao vivo no set, alem de encontrar meus amigos do Radiola Serra Alta.
Z.S. - Para finalizar, agradeço a disponibilidade, sucesso na carreira e deixo o espaço aberto para que você convide a galera a se fazer presente no Munguzá Sonoro.
C.C. - E' um grande prazer fazer parte deste evento, e saber que o nordeste esta descentralizando das capitais, ha muita coisa boa alem dos polos. Minha base familiar e' em Pernambuco, sempre foi uma vontade circular tocando pelas cidades de minha infância de Petrolina a São Jose do Egito.
Grande abs
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